Hallyu* no Brasil: Como a Onda Coreana Conquistou o Coração dos Brasileiros e o Mundo
A Onda Coreana, ou Hallyu <sup>[1]</sup>,, não é mais um nicho de cultura estrangeira. Ela se tornou um fenômeno global palpável, e o Brasil, com sua paixão característica, abraçou esse movimento como poucos. Mas como uma cultura de um país do outro lado do mundo conseguiu criar raízes tão profundas aqui? Vamos explorar a jornada do Hallyu, do seu surgimento à sua consolidação como uma força cultural e econômica no Brasil e no mundo. O Pontapé Inicial: As Novelas e o K-drama Antes do K-pop dominar as paradas, foram as dramas (novelas coreanas) que abriram caminho. No início dos anos 2000, novelas como “Jewel in the Palace” (Dae Jang Geum) foram compradas por emissoras brasileiras e encontraram um público ávido por histórias românticas, familiares e com uma estética diferente da americana. O sucesso foi tanto que canais especializados, como a TV Korea, surgiram para alimentar a demanda. As dramas plantaram a semente da curiosidade pela Coreia do Sul, sua cultura, sua língua e sua gente, criando o terreno fértil para a chegada do K-pop. A Explosão Global: O Fenômeno do K-pop Se as dramas abriram a porta, o K-pop arrombou-a. A geração YouTube cresceu tendo acesso imediato aos coloridos e coreografados vídeos de grupos como BTS, BLACKPINK, EXO e TWICE. A combinação perfeita de música cativante, coreografias sincronizadas e um sistema de idols (ícones) bem treinados criou uma fórmula vencedora. A estratégia das agências de focar em conteúdos para redes sociais (V Lives, Behind the Scenes) criou uma sensação de proximidade e conexão emocional com os fãs, algo inédito em tal escala. O K-pop não é apenas música; é um universo de conteúdo que mantém os fãs constantemente engajados. A Consolidação no Brasil: Uma Paixão Genuína O Brasil não apenas consumiu o Hallyu, mas o fez com uma intensidade que chamou a atenção do mundo. Por quê? Além da Música e da TV: A Beleza e a Gastronomia O Hallyu é um pacote completo. A indústria da beleza coreana, conhecida por sua inovação, produtos com embalagens fofas e foco em skincare, conquistou o público brasileiro. Tutoriais de maquiagem “glass skin” e rotinas de cuidados com a pele se tornaram virais. Paralelamente, restaurantes coreanos se multiplicaram pelas grandes cidades brasileiras, e pratos como o teokbokki (bolinhos de arroz apimentados) e o samgyeopsal (churrasco coreano) se tornaram queridinhos dos foodies. O Futuro do Hallyu: Uma Onda que Veio para Ficar O Hallyu no Brasil não é uma moda passageira. Ele se estabeleceu e continua a evoluir. A indicação e vitória de “Parasita” no Oscar, o sucesso de séries como “Round 6” na Netflix e a contínua dominância do BTS nas paradas globais mostram que a cultura coreana tem qualidade e apelo para se manter em evidência. A próxima geração de artistas, atores e criadores de conteúdo já está a caminho, garantindo que essa onda continue a crescer e a nos surpreender. E você, qual foi o seu primeiro contato com a cultura coreana? Foi através de um drama, uma música do BTS ou aquele produto de skincare que mudou sua vida? Conte nos comentários qual é o seu K-drama ou grupo de K-pop favorito e como essa cultura entrou na sua vida! 💜 *[1] Hallyu (한류): O termo coreano para “Onda Coreana”. É a transliteração da palavra 韓流. “Han” (한/韓) se refere à Coreia, e “Ryu” (류/流) significa “fluxo” ou “onda”. O termo foi cunhado por jornalistas em Pequim no final dos anos 90 para descrever o rápido crescimento da popularidade da cultura pop coreana na China e em outros países asiáticos. Desde então, “Hallyu” se tornou o termo global para definir o fenômeno de exportação cultural da Coreia do Sul, abrangendo música (K-pop), dramas (K-dramas), cinema, gastronomia, beleza (K-beauty) e muito mais.*
